CIRCO ARMADO

A estreia do ‘novo’ “Casos de Família”, na tarde de ontem, provou que o SBT não medirá esforços para reconquistar a vice-liderança nacional, mesmo que tenha que baixar o nível para isso. Agora sob o comando de Christina Rocha, o programa é o oposto da atração comandada por Regina Volpato, e que ficou cinco anos no ar. O foco continua sendo o mesmo, ou seja, o programa continua explorando os conflitos sociais, mas, a conduta entre as duas apresentadoras é totalmente diferente.
Enquanto, Regina Volpato esbanjava simpatia e espontaneidade a frente do “Casos de Família”, e uma conduta ímpar. Christina Rocha se mostra ríspida, e utiliza de um tom grosseiro para intimidar os participantes. Regina não alterava o tom de voz, mesmo tendo o tom de voz autoritária jamais foi autoritária e nem arrogante. Já Christina em seu primeiro dia de programa mostrou-se arrogante e quando foi preciso, gritou, esbravejou, e chegou ao cúmulo de expulsar uma participante do palco.
Em meados dos anos 90 acompanhamos um verdadeiro festival de baixaria na tevê aberta, digna de brigas físicas e com muitas palavras de baixo escalão, mas o “Casos de Família”, lançado em 2004 era diferente. Graças a Regina Volpato.
O novo “Casos de Família”, traz uma Christina Rocha, petulante, que quer sempre saber mais que os seus convidados, uma platéia tanto ou mais agressiva que a apresentadora, que utiliza de um tom intimista para tentar oferece maior veracidade ao programa.
Regina Volpato fazia a diferença e até ajudava seus “convidados” a se respeitarem mais, Christina incita a brigas. Precisamos de um programa que incentive as pessoas a fazerem o que é certo, não estimulá-las a serem vingativas. A impressão que se teve do novo “Casos de Família” é que os únicos sensatos do programa são os competentes psicólogos Dr. Ildo e a Dra. Anahy. No mais, o circo está armado, e não é nenhum exagero dizer que até o programa “Márcia” é mais "light".