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sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

RESTROSPECTIVA 2010

Hebe Camargo deixa o SBT após 25 anos e vai para Rede TV!


Pode parecer contraditório em tempos de tanta previsibilidade, mas a TV é uma caixa de surpresas. E, na maioria das vezes, pelo que acontece nos bastidores do que propriamente pelo que vai ao ar. Exemplos não faltam: A despedida do “Casseta & Planeta, urgente!” comprovou o que todos já sabiam: o humor precisa se reinventar. O ator Fábio Assunção, com várias cenas gravadas da novela “Insensato Coração”, dos autores Gilberto Braga e Ricardo Linhares, da Globo, pediu afastamento da trama, obrigando a emissora a escalar Gabriel Braga Nunes para o seu lugar. E o que parecia improvável aconteceu: Hebe Camargo deu adeus ao SBT, transferindo-se para a Rede TV!.

No ramo do entretenimento três constatações: já não se fazem novelas como antigamente; remakes e realities shows ameaçam tomar conta da grade.

Minisséries:

“Dalva & Herivelto” foi uma das melhores atrações do ano. Adriana Esteves esteve perfeita no papel de Dalva de Oliveira. Nesta seara, a Rede Globo brilhou em outras três produções: “A Cura”, de João Emanuel Carneiro, “As Cariocas”, de Daniel Filho, “Afinal, o que querem as Mulheres?, de Luís Fernando Carvalho.

Na contramão, o nono ano de “A Grande Família” não empolgou.

Novelas:

Campeãs de audiência em outras eras, a última “Senhora do Destino”, de Aguinaldo Silva, exibida entre 28 de junho de 2004 a 12 de março de 2005, as novelas sofrem com a crise de criatividade. A Rede Globo amargou alguns fiascos. Manoel Carlos prometeu inovar em “Viver a Vida”, testou e abusou da paciência dos telespectadores, com o ritmo lento de sua narrativa. O autor acabou esvaziando a história da personagem Helena, vivida por Taís Araújo. Tudo isso, sem contar que fez do que seria uma campanha social, com Luciana, papel de Alinne Morais, em um melodrama. “Passione” também não fica atrás. Silvio de Abreu, que anunciou a trama como um suspense com assassinatos e um segredo ligado a um computador, fez do folhetim previsível, com desfechos sofríveis. Nem mesmo o “Quem matou?” empolgou. Já “Tempos Modernos” dispensa qualquer comentários. Nunca se viu uma novela tão ruim.

No SBT, “Uma Rosa com Amor”, remake de Tiago Santiago, foi uma simpaticíssima produção. Com um elenco afinado, composto por bons nomes (Jussara Freire, Betty Farias, Cláudio Lins, Clarisse Abujamra, Edney Giovenazzi, Etty Fraser, entre outros), destaque para Carla Marins no papel de Serafina Rosa. A atriz, literalmente, roubou a cena.

“Ti-ti-ti”, remake de Maria Adelaide Amaral, é quase uma unanimidade na preferência dos telespectadores. É leve, divertida, dinâmica, com tiradas inteligentes e de muito bom gosto, e tem no elenco uma Cláudia Raia, na pele de Jaqueline Maldonado, inspiradíssima. Mesmo sendo uma adaptação, a autora foi capaz de imprimir seu estilo.

Zezé Polessa um dos destaques de "Escrito nas Estrelas"

E o que falar de “Escrito nas Estrelas”, de Elizabeth Jhin? Um grande sucesso. Sem dúvida, uma das melhores novelas das seis da década. A novela encantou com toda a alta carga de emoção que uma história de amor de outras vidas pode carregar. Suzana Faini, Walderez de Barros, Jandira Martini, Nathalia Dill, Carolina Kasting, Rosane Gofman, Humberto Martins se destacaram. Débora Falabella, Zezé Polessa e Alexandre Nero produziram um espetáculo. Será difícil esquecer Beatriz, Sofia e Gilmar, seus respectivos personagens.

Na Record, Lauro César Muniz teve a incumbência de substituir Cristianne Fridman, autora da eletrizante “Chamas da Vida”, com “Poder Paralelo”, e não comprometeu. A novela foi intrigante do início ao fim. Bem escrita e com direção precisa.

Jornalismo

Baixa audiência, decorrente de várias mudanças de horário, o “Conexão Repórter”, de Roberto Cabrini, no SBT, presenteou os telespectadores com boas matérias investigativas. Precisão, informação e agilidade. Três palavras que resumem bem o que foi /é o “Profissão Repórter”, de Cacos Barcellos, da Rede Globo. “A Liga”, da Band, foi uma grata surpresa. O “Câmera Record”, de Marcos Hummel, também brilhou. Além de fornecer conteúdo para vários programas da emissora, o jornalístico conquistou a liderança por vários meses, empatado com a Globo, sempre com boas pautas.

O retorno da sempre competente Glória Maria à TV, desta vez no “Globo Repórter”, também merece destaque. A jornalista faz sempre à diferença.

Durante a Copa do Mundo, a cobertura, sem grandes novidades, foi marcada pela mesmice. Nem mesmo a irreverência de Thiago Leifert à frente do “Central da Copa” se salvou. Uma sucessão de equívocos. Vale o mesmo para a Cobertura das eleições de 2010.

Humor

Os programas humorísticos se mantiveram na zona de conforto. Boas surpresas foram o “Junto e Misturado”, conduzido por Bruno Mazzeo, e “S.O.S Emergência”, estrelado por Ney Latorraca. O “CQC”, da Band, continuou apostando no humor crítico. O “Pânico na TV!”, segue com seu humor rasteiro, mas já não é a mesma coisa. Em sua reta final, demonstrou sinais de desgaste e constante crise de criatividade. “O Formigueiro”, de Marcos Luque, apostou em brincadeiras de crianças para fazer humor sem graça para adulto. Não convenceu. Já Marcelo Adnet, da MTV, diz adeus ao “15 Minutos” para se lançar em novos projetos em 2011.

Auditório

Mesmo com um horário ingrato, o Altas Horas, da Globo, continuou sendo o Melhor Programa de Auditório do ano. Serginho Groisman segue garantindo "vida inteligente" na madrugada, mesmo quando persiste na repetição de convidados.

Destaco ainda o “Tudo é Possível”, de Ana Hickmann, o “Programa Silvio Santos”, do melhor animador da TV brasileira Silvio Santos, e o “Programa Raul Gil”, que revelou a cantora Brenda dos Santos.


Brenda dos Santos, revelação do "Programa Raul GIl"

Realities

O “Big Brother Brasil”, da Globo, teve como única novidade a vitória de um ex-BBB: o marrento Marcelo Dourado. No SBT, “Solitários” não empolgou. O “Busão do Brasil”, da Band, e o “Último Passageiro”, da Rede TV!, ficaram devendo. Por sua vez, o “Qual é o Seu Talento?”, de André Vasco, se consolidou como um celeiro de bons calouros. “A Fazenda”, da Record, montou um bom elenco, mas pecou na edição. Lamento pelos telespectadores que não conseguem acompanhar o ‘time’ do reality show, comando por Britto Junior.

Enfim, espero que 2011 venha com boas surpresas.

Um comentário:

Anônimo disse...

http://entrelinhasdasociedade.blogspot.com/

gente por favor dêm uma olhada no meu blog começo falando politica mas em breve vc´s verão colunas de musica e outros assuntos até mesmo tv emb reve olhem leiam participem por que estou fazendo tudo de min pra poder faser jornalismo correto e quero tambpem parabenizar os autores do blog são muito bons