Lição de humor

Há uma preocupação geral sobre o futuro dos programas humorísticos na TV brasileira. Programas até então que ditavam moda do humor, andam passando por uma crise de público e crítica. Um bom exemplo é a “Praça é Nossa” no SBT que no início da década de 90 era líder absoluto em audiência, e hoje nem mesmo a vice-liderança consegue alcançar. O principal vilão do humorístico de Carlos Alberto de Nóbrega atende pelo nome de “Zorra Total” que batia de frente com a “Praça”. A partir do embate entre os dois humorísticos a “Praça é Nossa” nunca mais foi à mesma, passou por várias reformulações e principalmente, mudança de dia e horário.
A “Zorra” continua no mesmo dia, porém, assim como a “Praça” também vem sofrendo para segurar aos telespectadores. O humor feito pelos dois programas deixou de ser ingênuo e passaram a apelar, com nudez, piadas pejorativas, e porque não ate preconceituosas.
Do mesmo gênero, porém este bem mais sem graça que os dois acima, o “Show do TOM” na Record, exibido aos sábados e domingos. O programa que tinha tudo para ser uma boa opção para o público vem perdendo força, e caindo na mesmice, limita-se apenas em concursos de piadas, nem sempre engraçadas e a quadros externos como o preconceituoso “Bofe de Elite”, e só.
O algoz desse tipo de programa era o “Pânico na TV” que conseguiu por boa parte de sua existência na TV, surpreender a concorrência com seu humor até então inovador, humor este debochado, que conseguiu agradar. Porém caiu no erro de confundir humor com falta de respeito e vem sendo censurado pelos artistas da Rede Globo. O programa vem perdendo prestigio para o “Custe o Que Custar” ou mais conhecido como “CQC”- que faz um humor inteligente, sem tentar denegrir a imagem deste ou daquele, e tem como objetivo, fazer rir “CQC”.
Quem sabe assim, com o tempo, o público passe a rejeitar o “mau” humor, e exija mais dos programas do gênero. A melhor lição do CQC é mostrar que o telespectador é o patrão e merece respeito.