Sessão de Domingo: Primeiras Impressões

Por Lucas D.

Nessa semana, tivemos quatro “grandes” estreias na televisão. A Band com o É Tudo Improviso, cobrindo as férias do CQC; o SBT com o comentado e divulgado Solitários; e a Globo com Tempos Modernos e a décima edição do Big Brother Brasil. Os números de audiência foram razoáveis para todas as atrações, já os comentários foram contraditórios. O que foi bom mesmo é o novo ar que a TV recebeu essa semana. Ou não.

É Tudo Improviso da Band conta com uma equipe boa, mesmo os integrantes e as piadas rendendo bem menos do que no teatro. Na TV, ora parece um pouco forçado ora colorido demais. Procurem no YouTube, vídeos da turma do improviso no teatro. É bem melhor. Em números, o programa não chegou aos índices do CQC, mas 3 pontos na Band é louvável.

Já o Solitários foi bastante comentado antes mesmo da divulgação de estréia do programa, que também foi grande. Propagandas e Twitter fizeram bonito na promoção do reality. A semelhança com o quarto branco do BBB9 limitou-se ao confinamento e ao botão vermelho. De resto, é um programa diferente do que estamos acostumados. Na estréia, 8 pontos de média compensaram o investimento. Resta saber, se o programa terá fôlego para brigar com o concorrente global. Ainda sobre a estréia, a decisão de ausentar Ligia Mendes pode ter sido a culpada por uma edição um pouco arrastada e repetitiva. O programa pode sim ter crescimento. As torturas e provas, que parecem simples, podem transformar a vida dos 9 participantes – alguns caricatos, outros simpáticos, outros teatrais, outros alheios – em um tormento. E o público adora isso!

Já no horário das 19 horas, saiu Caras & Bocas e veio Tempos Modernos. Com um tema de abertura que fica na cabeça, a trama ainda não convenceu. É sempre bom ver Antônio Fagundes e Eliane Giardini, mas suas atuações não foram suficientes para segurar a audiência do horário. A história em si, é típica e batida. Mas todos gostamos desse estilo de romance gato e rato com muito humor. As comentadas “inovações” ficam a cargo do computador-quase-gente e das câmeras-baratas. Nada que acrescente ou diminua no resultado final da atração. Os vilões também são típicos e não comprometem, ainda com a interpretação bastante mediana de Grazi Massafera. O que poderia comprometer são duas outras atuações, as dos protagonistas. Thiago Rodrigues e, principalmente, Fernanda Vasconcellos novamente não correspondem a toda expectativa e oportunidade oferecidas pela emissora. Mas já é mais que provado, que o carisma, a simpatia e a beleza do casal vende. Por isso, a insistência. Ainda tivemos bons momentos com Vivianne Pasmanter, Regiane Alves e Felipe Camargo. É cedo para dizer se teremos um sucesso ou um fracasso na faixa, eu aposto em algo tipo Beleza Pura: não decolou, mas também não naufragou.

Por fim, a estréia mais luxousa, cara e repercutida na mídia: Big Brother Brasil 10. Com a segunda menor audiência de estréia do reality, Pedro Bial veio com seus 15 participantes divididos em tribos estereotipadas, com 5 ex-bbb’s disputando duas vagas, com prêmios maiores, casa reformulada, prova de resistência e regras sem regras! No primeiro dia, já tivemos tudo isso. Posso ser precipitado, mas ouso dizer que o BBB10 já é sucesso. Talvez não exploda na audiência, porém não se pode mais esperar os números da Globo no passado. As novelas não chegam mais a 40/50 pontos de média e, dificilmente, o Big Brother chegará também. Mas só de ver a repercussão causada nos primeiros dias de confinamento por essa turma, é fácil arriscar que a atração vai acontecer, diferente d’A Fazenda 2. Os participantes são polêmicos e o diretor Boninho está disposto a fazer o seu melhor. Para não ser ainda mais confiante no sucesso dessa edição, fico por aqui. Justificando-me, digo que nunca uma edição do programa teve tanta movimentação, dentro e fora da casa, logo na primeira semana. Todos estão ali sem medo de se comprometer e participantes que agem, são sempre os melhores.


Lucas, dentre as estréias, fica com o BBB que é, de longe, o programa com a melhor equipe de produção da televisão brasileira.