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quarta-feira, 13 de abril de 2011

Amor e Revolução leva o telespectador de volta ao passado



Uma rotatividade acelerada, com cadência interessante, em que homens encapuzados surpreendem um grupo de jovens militantes comunistas, anunciou o que o telespectador poderia esperar de "Amor e Revolução", novela escrita por Tiago Santiago, com colaboração de Renata Dias Gomes e Miguel Paiva, que estreou na última terça-feira, dia 5, no SBT.

Na sequência, uma sucessão de outras imagens, novamente ágil, mostrou ações de guerrilheiros, discursos do movimento estudantil, planos de militares, prisões, e uma terrível cena de tortura. Os comunistas Carlo (Marcos Breda) e Odete (Gabriela Alves) são perseguidos e presos. Levados para uma sessão de tortura e humilhados. O autor não economizou nas cenas fortes e execrandas. Com os mesmos ideais, mas em lados opostos, os protagonistas são apresentados. José Guerra, papel de Cláudio Lins, que titubeou na primeira semana, mas, assim como em "Uma Rosa com Amor", deve ir aos poucos se ajustando ao tom do personagem, impressiona-se com Maria Paixão, vivida por Graziela Schmitt, convincente no papel, rebelde e cheia de ideias. Eles se encontram no dia do golpe militar, durante uma assembleia de estudantes. Os atores têm química e o casal deve ganhar a torcida do público.

O elenco é uma grata surpresa. Atores como Cláudio Cavalcanti (que só apareceu no capítulo de ontem), Glauce Graieb, Fátima Freire, Patrícia de Sabrit e Reinaldo Gonzaga de volta às novelas, marcam boa presença. Thaís Pacholek fez um ótimo trabalho de composição, e promete roubar a cena quando sua personagem Miriam se transformar na grande vilã da trama. Joana Limaverde é outro destaque positivo, assim como Jayme Periard, Lúcia Veríssimo, Licurgo Spínola e os já citados Gabriela Alves e Marcos Breda.

Outro destaque, e talvez o maior deles, por enquanto, é a excelente e selecionada trilha sonora da época, com preciosidades que vão de Chico Buarque, Milton Nascimento, Caetano Velloso a releituras de Pitty, Dani Carlos e Banda Vega. A cenografia, em algumas cenas, deixa a desejar, assim como o texto de Tiago Santiago cheio de didatismo – o que poderia ser interessante no primeiro capítulos, mas em excesso cansa - com doses de lirismo e certa dramaticidade.

Por fim, depoimentos da vida real trazem relatos decisivos e pungentes de pessoas que sofreram na pele o terror da tortura durante a ditadura militar. Choca e emociona. Em suma, "Amor e Revolução" leva o telespectador de volta ao passado, e faz com que aquele que não viveu na época imaginar o que foi. Se comparada a de outras produções do SBT, a novela é um achado.

42 comentários:

Renata disse...

Esse é o Cláudio, sempre fazendo o possível para tirar o melhor de algum produto. Conseguiu elogiar boa parte da novela, fazendo uma crítica ao texto do Tiago Santiago.

Luciana disse...

A mocinha realmente vem convencendo. E eu que pensava que isso não era possível.

Patrícia disse...

Lendo e já volto!

Bruno disse...

Pena que Marcos Breda já saiu da novela. Vinha roubando a cena, ao lado da Gabriela Alves.

Thiago disse...

Como diria a Lady Kate: "Bom, bom, bom não tá não, mas tá bom". A novela é assistível. Mas confesso que odeio o plano fechado de várias cenas da novela.

Raquel disse...

Quero o CD com a trilha sonora da novela. Realmente é perfeita. Mas a emissora sempre acertou em cheio nesse quesito.

Marcelo disse...

Elogiou, elogiou, elogiou, para dizer que o melhor da novela é a trilha sonora. hehehe Morde e Assopra.

Patrícia disse...

O SBT está no caminho certo. Só vem crescendo no setor de teledramaturgia, e aprendendo com os erros. Agora é fixar o horário e ir ganhando público. Sem esquecer da divulgação.

Paula disse...

Acompanhei o primeiro e o segundo capítulo, que diga-se de passagem, fiquei muito triste, pois a novela anunciada em exaustão às 22h15, começou 30 minutos mais cedo. Isso não se faz.

Carol disse...

O Claudio Lins começou mal também em Uma Rosa com Amor, recebeu várias críticas, mas com o tempo se tornou o personagem mais querido da novela, ao lado da Carla Marins.

Concordo plenamente com os destaques da novela.

Antônio disse...

Não sabia que a Miriam se tornaria uma vilã. Já que no início divulgaram que ela e a Glauce seriam malvadas da trama. E não é isso que os primeiros capítulos vêm mostrando.

Patrícia disse...

O Mário também fará de tudo para acabar com o romance da Maria e do José, Antônio.

Regina disse...

A caracterização também está legal. Um trabalho bem minucioso que merece destaque. A novela vale pela recuperação da emissora no setor de teledramaturgia. É preciso, antes de mais nada, recuperar aquele público que acompanhava novelas na emissora, e já não o faz com frequência devido as instabilidades da emissora. Sem falar do preconceito com as tramas.

Antônio disse...

Legal que a novela não começou com o casal de protagonista.

Fábio disse...

Discordo um pouco com relação ao ritmo ágil. Já que uma cena de tortura durou 5 capítulos.

Raquel disse...

Mais do que o didatismo do Tiago Santiago, acho que valeu no primeiro capítulo, para explicar um pouco o que a novela estava a propor, é alguns diálogos fracos.

Regina disse...

Diálogos fracos cheios de clichês. Completo!

Fábio disse...

Acho que a novela é mais interessante para quem viveu no período da ditadura. Os jovens de hoje em dia estão pouco ligando para a nossa história.

Flávio disse...

"Acho que a novela é mais interessante para quem viveu no período da ditadura. Os jovens de hoje em dia estão pouco ligando para a nossa história." (Fábio).

Concordo! Iria comentar sobre isso, assim que vi o título do texto.

Junior disse...

Talvez, se a emissora não tivesse cortado Uma Rosa com Amor e dado continuidade na dramaturgia, Amor e Revolução estaria em situação melhor, no que se refere a audiência.

Bento disse...

O tal do didatismo virou padrão para todos os jornalistas criticarem Amor e Revolução? Só tenho visto falar disso! Uma bobeira. O tema da novela pede isso. Ou vocês queriam cenas soltas sem retratar os fatos.

Carol disse...

O Cláudio foi além, falou sobre didatismo, lirismo e certa dramaticidade.

Mas naquele período o que mais tinha eram dramas. hehe

Diego disse...

O comentário da Regina faz todo sentido. Muita gente empina o nariz para as novelas do SBT, mais do que isso, têm medo do Silvio decidir cortar a novela no meio ou algo do tipo.

Renata disse...

O melhor da novela é a triha sonora e os depoimentos no final de cada capítulo. O resto é resto.
Parece que o Tiago Santiago desaprendeu a fazer novelas no SBT.

Diego disse...

Pelas poucas cenas que vi e pelo teaser quem promete roubar realmente a cena é o Claudio Cavalcanti.

Maria disse...

Achei a personagem da Glauce Graieb tão pequena, para o porte da atriz. Vem servindo de escada para Patrícia de Sabrit.

Matheus disse...

Graziela Schmitt, ex-Paquita, nem lembra a mesma atriz que fez Malhação ID. Está segura, convincente no papel. Estou gostando. A novela em si é boa, porém alguns capítulos cansam.

Patrícia disse...

Vou assistir Mulher-Gato. Tchauuuu!

Bruno disse...

Também vou. Assistam muito Amor e Revolução. Indiquem a novela para amigos e familiares.

Bento disse...

Não sei como aguentam. Se eu assistir mais uma vez acabo decorando as frases.

Antônio disse...

Por nome não sei quem é Fátima Freire.

Luciana disse...

É a atriz que faz a mãe da Maria, Antônio.

Alex disse...

Ficou curioso para descobrir como o SBT conseguirá ganhar público com a novela em andamento. Acho que a tendência é manter os 5, 7 pontos no máximo.

Diego disse...

Relançando e divulgando (muito) a novela, Alex. Tchau!

Paulo disse...

Claudio Lins ainda não convenceu. Muito pelo contrário, acho que é a maior decepção da novela. Diferente da mocinha, que chegou desacreditada e vem dando conta do recado.

Roberth disse...

Ela tem o braço torto. hehe

Cecília disse...

Estou acompanhando Amor e Revolução. A novela é ótima. Mais um belíssimo trabalho do SBT. Quem não acompanha. Só lamento, estão perdendo uma aula de história.

Douglas disse...

Audiência é relativa. Em outras praças a novela vem betim. É vice em BH e vem registrando 10 pontos no Distrito Federal.

\o/ \o/

Ricardo disse...

Fátima Freire fez "A Gata Comeu", recentemente, reprisada no Vale a Pena Ver de Novo.

Giselle disse...

Parabéns pela crítica. Difícil encontrar jornalistas que sabem valor uma novela com imparcialidade.

Cris disse...

Se a novela não é um primor, a mesma está longe de ser um fiasco, no que se diz respeito a texto, edição, elenco e afins...

Universo SIC disse...

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